“Queremos aumentar a audiência!” Se tivéssemos um euro por cada vez que ouvimos isto, provavelmente já teríamos uma ilha no Pacífico. Mas sempre que um cliente chega com este objetivo, surge a conversa inevitável: quer uma audiência ou quer uma comunidade? Ou ambas?
A diferença é fundamental. E pode ser um game changer para qualquer marca.
Audiência: uma plateia atenta (ou não tão atenta como isso)
Uma audiência é um grupo de pessoas exposto a um determinado conteúdo. Algumas estão ali porque querem, outras porque os algoritmos assim decidiram. Consomem, seguem (ou não), podem interagir de vez em quando, mas, no fundo, são meros espectadores.
A grande vantagem? Compra-se com relativa facilidade. Investe-se em anúncios, em posts patrocinados, e pumba, lá estão os números a subir. E quem é que não gosta de ver o número de seguidores a aumentar?
O problema? É uma relação frágil. Se não se continua a pagar pelo bilhete, a plateia dispersa. E, sejamos honestos, a fidelidade de uma audiência depende mais dos algoritmos do que do amor à marca.
Comunidade: o nosso clube de fãs
Uma comunidade é outra história. Aqui, não são apenas consumidores, são participantes. Interagem com a marca, falam entre si, dão feedback, defendem, promovem. Vestem a camisola e fazem questão de o mostrar.
A desvantagem? Não se compra. Constrói-se. Com tempo, dedicação e uma boa estratégia. O crescimento é mais lento, mas os laços são muito mais sólidos. E, uma vez estabelecida, uma comunidade pode ser um dos ativos mais valiosos de uma marca.
Então, qual delas escolher?
A resposta é um “nim”: depende. Para quem precisa de impacto imediato, uma audiência pode ser o caminho mais rápido. Para quem procura relações duradouras, a aposta deve ser na comunidade. Mas, o segredo pode estar na combinação das duas: usar a audiência para atrair e, depois, transformar os mais interessados numa comunidade engajada.
Ou seja, audiência para a rapidinha, comunidade para a relação séria. E, claro, há vantagens e desvantagens nas duas.
Falarei mais sobre como criar e manter uma comunidade (e porque é que nem toda a gente tem o que é preciso para o fazer).
Dúvidas sobre qual o melhor caminho para a sua marca? Falamos?