Audiência vs. Comunidade


20 de Fevereiro, 2025 /  Jonas / Estratégia

“Queremos aumentar a audiência!” Se tivéssemos um euro por cada vez que ouvimos isto, provavelmente já teríamos uma ilha no Pacífico. Mas sempre que um cliente chega com este objetivo, surge a conversa inevitável: quer uma audiência ou quer uma comunidade? Ou ambas?

A diferença é fundamental. E pode ser um game changer para qualquer marca.

Audiência: uma plateia atenta (ou não tão atenta como isso)

Uma audiência é um grupo de pessoas exposto a um determinado conteúdo. Algumas estão ali porque querem, outras porque os algoritmos assim decidiram. Consomem, seguem (ou não), podem interagir de vez em quando, mas, no fundo, são meros espectadores.

A grande vantagem? Compra-se com relativa facilidade. Investe-se em anúncios, em posts patrocinados, e pumba, lá estão os números a subir. E quem é que não gosta de ver o número de seguidores a aumentar?

O problema? É uma relação frágil. Se não se continua a pagar pelo bilhete, a plateia dispersa. E, sejamos honestos, a fidelidade de uma audiência depende mais dos algoritmos do que do amor à marca.

Comunidade: o nosso clube de fãs

Uma comunidade é outra história. Aqui, não são apenas consumidores, são participantes. Interagem com a marca, falam entre si, dão feedback, defendem, promovem. Vestem a camisola e fazem questão de o mostrar.

A desvantagem? Não se compra. Constrói-se. Com tempo, dedicação e uma boa estratégia. O crescimento é mais lento, mas os laços são muito mais sólidos. E, uma vez estabelecida, uma comunidade pode ser um dos ativos mais valiosos de uma marca.

Então, qual delas escolher?

A resposta é um “nim”: depende. Para quem precisa de impacto imediato, uma audiência  pode ser o caminho mais rápido. Para quem procura relações duradouras, a aposta deve ser na comunidade. Mas, o segredo pode estar na combinação das duas: usar a audiência para atrair e, depois, transformar os mais interessados numa comunidade engajada.

Ou seja, audiência para a rapidinha, comunidade para a relação séria. E, claro, há vantagens e desvantagens nas duas.

Falarei mais sobre como criar e manter uma comunidade (e porque é que nem toda a gente tem o que é preciso para o fazer).

Dúvidas sobre qual o melhor caminho para a sua marca? Falamos




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